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  • Foto do escritorFlávia Oliveira

Série Especial Mulheres - #MeToo



Dando sequência a série especial da semana, hoje eu vou falar sobre um movimento que não é exclusivamente feminino, mas que fez com que várias mulheres que antes não tinham voz gritassem “ei, eu também!”


Falarei hoje sobre o #MeToo


Tudo começa em 1996, quando a ativista Tarana Burke, após ouvir um relato de uma criança abusada pelo padrasto não teve coragem de dizer a ela “eu também”. Apenas depois de alguns anos Tarana contou sua história e a frase “Me Too”, que em português significa “eu também” virou o símbolo da luta contra o assédio sexual.



Tarana Burke, criadora do Me Too.

Avançamos no tempo – 2017.


Harvey Weinstein era um gigante em Hollywood. Produtor de vários filmes de sucesso, dono de sua própria produtora, membro da Academia de Cinema. Temido.

Harvey Weinstein - produtor de Hollywood.

5 de outubro de 2017.


O New York Times publica uma reportagem gigante sobre as investigações contra Weinstein, de estupro e abuso sexual.


No dia 14, a atriz Alyssa Milano propõe as mulheres que já sofreram assédio que contem suas histórias usando a #MeToo. Foram mais de 800.000 tweets em menos de 24 horas. Alyssa deixa claro que não sofreu abusos, mas queria mostrar ao mundo a dimensão do problema.

Alyssa Milano, a atriz que propôs o uso da hashtag no Twitter.

Somente Harvey Weinstein foi denunciado por mais de 80 mulheres e foi declarado culpado em 2020, podendo pegar até 25 anos de prisão. Nomes famosos também entraram nas denúncias contra ele, como Ashley Judd, Gwneth Paltrow, Kate Beckinsale, Salma Hayek e Uma Thurman.


As premiações do cinema, antes espaço de confraternizações, agora eram palco para os membros do movimento.


Segundo uma pesquisa do Globo, cerca de 201 homens foram retirados do poder após 1 ano das primeiras denúncias. 920 pessoas fizeram as acusações de assédio e 43% dos cargos das pessoas demitidas foram sucedidos por mulheres.


Em 2017, o movimento ganhou o prêmio de Personalidade do Ano pela revista Time, intitulado The Silence Breakers (as quebradoras de silêncio, em português).

A capa da revista Time.

Hoje, 2020, a campanha conseguiu várias conquistas, inclusive o apoio às vítimas que sofreram retaliações após as denúncias, especialmente negras e LGBTs. Outra grande conquista foi dos homens que aderiram ao movimento, reportando casos similares.


Agora, as vítimas não têm mais medo de fazer as denúncias e falam abertamente sobre suas experiências.


Através dos relatos, todos juntos podemos buscar um ambiente mais saudável no trabalho.


Não é sobre “destruir carreiras”, não é “uma guerra dos sexos”, não é sobre “revanchismo”. O #MeToo é sobre denunciar atos errados, encorajar pessoas a não se omitirem e buscar um mundo mais justo.


Quase 3 anos após as primeiras denúncias, o movimento não pode se calar.


Enquanto homens como Roman Polanski, estuprador e pedófilo CONDENADO estiverem recebendo prêmios e homenagens, o #MeToo continuará sendo necessário.


Espero que tenham gostado!


Fontes –








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