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Foto do escritorFlávia Oliveira

Semana Especial de Halloween – Caso Charlie Charlie


Começando mais uma série!

Vamos começar mais uma série especial nessa semana, desta vez focando no Halloween. Apesar de não ser comemorado com tanto entusiasmo aqui no Brasil, o Dia das Bruxas é responsável por diversas histórias, curiosidades e filmes.


Aliás, o marketing feito nos filmes de terror oferece muito para um profissional da área analisar. Inteligência, criatividade e medo, muito medo são os principais itens das peças.


Antes de começar a explicar, quero que vocês façam essa “brincadeirinha inocente”:


Primeiro, desenhe uma cruz em uma folha, para que fique dividido em quatro partes. Escreva duas vezes “sim” e duas vezes “não”. Coloque dois lápis ou canetas um sobre o outro em forma de cruz. Pergunte: “Charlie, Charlie, você está aqui?”.


Se o lápis mexer...


Bem, comece a rezar...


É assim que a folha precisa ficar.

Não precisa se preocupar. Essa brincadeira, que tomou conta da internet em 2015 nada mais é que uma estratégia inteligentíssima de marketing para divulgar um filme chamado A Forca.


O longa, que trata sobre um jovem chamado Charlie, que morreu em um acidente durante a exibição de uma peça em sua escola. Vinte anos depois, após a decisão de reencenar a peça, um grupo de estudantes descobre o espírito dele ainda assombra a escola. O elenco não conta com nomes conhecidos. A “brincadeira” que eu mencionei no começo do texto era o modo de entrar em contato com o fantasma.


Antes do filme ser divulgado, o desafio se tornou viral na internet e várias pessoas postaram o vídeo realizando o #CharlieChallenge e boatos tomaram conta, entre eles, um de que Charlie seria um espírito maligno do folclore mexicano. Um dos primeiros vídeos foi postado foi da produtora Blumhouse Produtions, que era a responsável pelo filme.


A brincadeira tomou proporções gigantescas e em 48 horas já havia mais de 2 milhões de comentários. Até mesmo alguns veículos jornalísticos, como a BBC investigaram o tema e não encontraram nada, atribuindo o fato das canetas se mexerem graças a gravidade.


Para a surpresa de todos, no dia 26 de maio de 2015, um perfil verificado no Twitter confirmou que se tratava da divulgação de um filme. Aqui está a imagem oficial:



Esse é o post em questão.

Se antes não havia chances do filme ser um sucesso, devido a falta de atores famosos, a estratégia utilizada, que era criativa e ousada, ajudou o longa a se transformar em um fenômeno, arrecadando 40 milhões de dólares de bilheteria, sendo que o filme possuía um orçamento de US$ 100 mil.


Espero que tenham gostado!

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