No post de hoje vou contar sobre a vez em que o grande pintor surrealista e o icônico Mestre do Suspense se juntaram no clássico de 1945, Quando Fala o Coração, estrelado por Ingrid Bergman e Gregory Peck.
Conta a história da Dra. Constance Petersen (Ingrid Bergman), uma psicóloga dedicada e até meio fria e descrente no amor. Quando o Dr. Anthony Edwards (Gregory Peck), o novo diretor do hospital em que ela trabalha aparece, sua vida muda completamente. Não somente pelo fato dela ter se apaixonado, mas também por ele não ser quem diz que é. E para ajudar, ele ainda está com amnésia.
Diferente de vários filmes do diretor, o longa aborda não apenas a psicanálise mas também o inconsciente humano, representado em forma de um sonho do personagem do Gregory Peck.
Como o pintor surrealista trabalhava com o inconsciente e os sonhos foi uma ótima ideia trazê-lo para o filme, além de uma grande estratégia de marketing.
Juntos, Hitchcock e Dali criaram uma cena com cerca de 20 minutos, aproximando-se do tempo de um sonho real. A cena começava em um jogo e terminava com Ingrid Bergman vestida como a deusa Diana. Cenários diferenciados, figuras sinistras, assim como as pinturas do artista.
Porém, para a infelicidade de ambos, o produtor David O. Selznick achou a cena complexa demais e reduziu para apenas dois minutos. Selznick queria trazer um psicanalista verdadeiro para aconselhar Hitchcock, o que não adiantou, visto que o diretor queria focar mais na aparência do filme que a história propriamente dita.
Aqui está a cena em questão:
Uma associação inesperada né? Mas ficou ótima!
Caso tenham curiosidade, o filme completo está disponível no Youtube!
Espero que tenham gostado!
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