Hoje a história que eu vou contar para vocês não tem nada a ver com algum ator ou filme específico. A história de hoje tem a ver, bem, comigo.
Em várias descrições do meu site ou das minhas redes sociais, eu falo sobre como eu descobri o amor por cinema na faculdade, mas nunca cheguei a explicar COMO isso aconteceu.
Hoje vou contar sobre um desses episódios, onde consegui juntar marketing e cinema: meu trabalho de conclusão de curso.
Em 2017, eu estava entrando no último ano da faculdade de Propaganda e Marketing e precisava começar a fazer o projeto final, que na instituição era chamado de Projeto Experimental.
Esse projeto consistia em “criar” uma empresa do zero e desenvolvê-la nos mínimos aspectos: financeiro, jurídico, marketing, publicidade.
Cada membro do grupo teve que dar uma ideia e eu não tinha nenhuma ideia que realmente fosse interessante, até que enquanto eu assistia Grease (1978) eu vi uma luz no fim do túnel:
Um cinema ao estilo drive-in em um espaço fechado, simulando o céu estrelado, com poltronas inspiradas em carros antigos e tablets para que os clientes escolham o cardápio. Os clientes também podiam escolher um filme clássico em uma sessão semanal através de um aplicativo.
(Grease é dos anos 70, mas o cinema era inspirado nos anos 50. Deu pra reparar em qual época aumentou esse meu amor pela Era de Ouro Hollywoodiana? Nessa época comecei a procurar atores clássicos e escolher os que eu gostava mais)
Após a ideia ser aprovada pelos professores, começamos o projeto: precisávamos saber como funcionava um cinema e todas as regras e dicas para administrá-lo, para tal entrevistamos pessoas que poderiam ajudar (o que foi muito difícil, porque ninguém queria de fato ajudar)
Também entrevistamos quase 200 pessoas para saber se as pessoas iriam à esse cinema. Posso afirmar com toda a certeza que essa parte foi um verdadeiro pesadelo. Só não foi um pesadelo pior que organizar tudo isso de resposta depois kkkkkk
Definimos os preços, adequamos todo o cinema para seguir normas jurídicas (criar uma empresa exige mais papelada do que eu jamais imaginei) e estudamos o mercado cinematográfico exaustivamente.
Sabe quando eu contei como se montava uma sala de cinema? Como funciona a distribuição de renda das bilheterias? Ou sobre a ascensão do mercado cinematográfico brasileiro? Tudo isso aprendemos durante esse trabalho.
Criamos até uma maquete para o nosso “cinema”, que se chamava AM3N1C (vulgo cinema de trás para frente, com os números para lembrar placa de carro):
Depois de trocar de filme umas 30 vezes, optamos por Casablanca (1942) como o filme do dia da inauguração, que era um evento todo especial.
Também precisamos gravar comerciais, jingles, criar publicidade para vários meios, escolher uma equipe especializada para administrar o cinema. Nós descobrimos que usar filmes como parte das peças de comunicação deixava o trabalho muito mais divertido.
A sala teve que apresentar esse projeto duas vezes: uma no meio do ano, para sabermos se o trabalho estava no caminho certo e no final do ano, para a aprovação propriamente dita.
Meu grupo foi aprovado nas duas vezes e ainda ganhamos três certificados: de melhor linha criativa, melhor audio e vídeo e melhor apresentadora para aquela que vos fala agora.
Sabe quando falam da importância de se trabalhar com o que você ama? Essa é uma declaração muito verdadeira, porque honestamente não sei o que teria sido do projeto se cinema não fosse uma coisa que é tão fácil de amar.
Não vou mentir para vocês, foi um projeto extremamente exaustivo (no fim, o trabalho tinha 653 páginas), a madame aqui se descobriu uma baita de uma briguenta kkkkk, mas no final tudo deu certo!
E ainda aprimorei meus conhecimentos sobre o tema e passei a querer estudar mais e mais sobre cinema.
Vocês querem conhecer mais sobre outro episódio da faculdade em que eu relacionei o marketing e o cinema?
Espero que tenham gostado!
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