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  • Foto do escritorFlávia Oliveira

O Novo Modo de Exibição dos Filmes da Universal e o Boicote



Em tempos de COVID-19, vimos vários filmes que esperávamos ansiosamente estão com novas datas, adiadas para que possamos assistir aos longas-metragens com a tranquilidade necessária.


Viúva Negra, Mulher Maravilha 84, Top Gun 2, James Bond... todos adiados.


A Universal Studios porém, teve uma jogada mais arriscada: lançou a continuação de Trolls diretamente nas plataformas de streaming, para que a população que está confinada possa aproveitar o filme diretamente de casa, podendo assim se distrair um pouco.Foi um sucesso e arrecadou até mais que o primeiro longa. A empresa ainda afirma que futuramente lançará os filmes simultaneamente no cinema e nas plataformas de streaming.


Se para nós a medida foi louvável, para a maior rede de cinemas dos Estados Unidos, a AMC a medida foi errada e prejudicial, causando inclusive um boicote para o grande estúdio.


Segundo a AMC, que está com sérios problemas financeiros e pode falir caso a pandemia demore a acabar, a Universal quebrou a janela de transmissão dos filmes ao pular uma etapa tão importante quanto o lançamento no cinema e prometeu nunca mais transmitir nenhum filme do estúdio, que tem alguns nomes importantes quanto às franquias de Jurassic World e Velozes e Furiosos.


Será que os cinemas americanos vão deixar de exibir Jurassic World?

Outra exibidora, a segunda maior dos Estados Unidos, chamada Cineworld também aderiu ao boicote e foi ainda mais direta, afirmando que faltou transparência na parceria com a Universal e que não foi uma boa prática de negócios.


A resposta da Universal foi:


Nosso objetivo em lançar Trolls: World Tour para venda digital era entregar entretenimento para as pessoas que estão se protegendo em casa, enquanto outras formas de entretenimento não estão disponíveis. Baseado na grande expectativa para o filme, acreditamos que tomamos a decisão certa. Em vias de fato, não liberar o filme [nos cinemas], que não apenas fariam os consumidores não aproveitarem o filme, mas também teria impactos negativos para nossos patrocinadores e empregados, parece ser realmente uma escolha óbvia.”


Mas por quê as exibidoras ficaram tão bravas com a nova política da Universal?


Lembra quando eu contei aqui no site que parte do lucro dos filmes ficavam com os exibidores, cerca de 50%?


Se isso virar uma tendência e a maioria dos lançamentos forem direto para as plataformas de streaming, as salas de cinema ao redor do mundo ficarão com prejuízos inestimáveis, visto que a maioria das pessoas não iria sair de casa para assistir a um filme que está disponível no conforto de sua caminha, na sua televisão.


Em minha opinião, a atitude da Universal em lançar um filme direto no streaming no meio da pandemia foi louvável, especialmente se tratando de um gênero infantil (sabemos que as crianças ao redor do mundo estão sem aula e precisam se distrair).

Acho que deveríamos ter presenciado mais dessas atitudes, visando um bem estar geral e usando o cinema como uma válvula de escape da realidade.


Porém, de um ponto de vista mais “profissional”, acredito que faltou diálogo entre as empresas envolvidas, que deveriam ter negociado os termos dessa nova política do estúdio, se apoiando e fortalecendo parcerias.


A abertura de cinemas agora é, muito mais que financeiramente prejudicial, é EXTREMAMENTE perigosa para todos os envolvidos, funcionários e espectadores.

Enquanto as exibidoras deveriam ter, ao menos, considerado esse problema, a Universal poderia ter procurado-as para pesquisar novas formas de se adequar a esse novo modo de exibição.


A experiência de ir ao cinema é inigualável, mas novas situações precisam de novas soluções, certo?


Qual é a sua opinião sobre o assunto?


Espero que tenham gostado

Fontes:


Omelete

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