Toda história tem alguns elementos básicos que são essenciais para atrair a atenção e hoje eu vou falar sobre um dos principais, senão o principal, o vilão.
Sim, exatamente isso que você leu. Eu acredito que o vilão seja o elemento principal de qualquer narrativa, tanto no cinema quanto na publicidade.
O termo vilão surgiu na Idade Média, na época do Feudalismo e eram pessoas que não eram nobres e moravam em vilas. Os vilões eram os servos mais próximos do Senhor Feudal e por isso recebiam maiores privilégios e tinham menos deveres, o que fazia com que outros servos tomassem antipatia, surgindo assim o tão famoso termo pejorativo.
Nos dias modernos, o termo refere-se a um personagem que se opõe as ideias e o meio de vida do mocinho e faz de tudo para atrapalhar sua trajetória, sem se apegar a limites, honra, leis e não demonstra empatia e piedade por nada e ninguém e por isso precisa ser combatido pelo representante do bem.
Na verdade, é o vilão quem faz a trama acontecer, afinal, sem ele, sem conflito, certo?
Um modo de se mostrar um bom vilão é transformando-o em um co-protagonista do filme e mostrar claramente suas intenções, dando-lhe um ar transparente. Foi esse meio que os filmes O Cavaleiro das Trevas (2008) e os dois últimos Vingadores fizeram.
Também pode ocorrer do vilão do filme ser, na verdade, um personagem inesperado que se passou por bonzinho o filme inteiro, como em Frozen (2013).
No caso de vilões na publicidade, podemos falar que ele é o causador do problema do consumidor (você) e só será combatido pelo uso de um produto milagroso, que faz o papel do super herói da narrativa. Como exemplo de comerciais que usam vilões, temos geralmente os comerciais de veneno para insetos, que em alguns casos já chegaram a retratar os pernilongos como personagens com caras más, prontos para transmitir doenças.
Existe uma lista do instituto AFI que escolheu os principais vilões do cinema, no qual o grande vencedor do título foi o Hannibal Lecter, interpretado por Anthony Hopkins no filme O Silêncio dos Inocentes, de 1991. Na lista ainda temos Norman Bates, de Psicose (1960), Darth Vader, de Star Wars (1977) e o Coringa, dos filmes do Batman de 1989 e 2008. A lista completa está disponível em https://www.afi.com/afis-100-years-100-heroes-villians/
Para finalizar, uma boa construção do vilão transforma a narrativa em algo interessante para vermos como o herói (que pode ser um personagem ou um produto milagroso, no caso da publicidade) saberá lidar com a situação e se ele de fato conseguirá salvar o dia.
Qual é o seu vilão favorito do cinema? Quais são as principais motivações dele?
Espero que tenham gostado!
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