No último post, falei sobre os estereótipos, que são imagens exageradas e na maioria das vezes, falsas de um grupo e que são a base dos preconceitos.
Hoje, vou falar sobre um tema que é relativamente novo nos filmes, mas que vem ganhando mais força a cada dia e é frequentemente cobrado por fãs de cinema, especialmente os que estão presentes na internet: a representatividade.
Se você já ouviu falar sobre o tema mas não sabe a explicação exata do conceito, aqui está: representatividade significa representar politicamente os interesses sociais de determinado grupo ou de um povo, o que geralmente implica em ocupar um espaço no qual o indivíduo não estava habituado e assim mudar o padrão que estamos acostumados.
Tem surgido com muita força no mercado em geral, tanto que se você perceber, as propagandas estão a cada dia tentando colocar pessoas diferentes para divulgar os produtos, para que haja identificação com mais pessoas na sociedade, e isso vem acontecendo no cinema também.
Por diversas vezes, houve reclamações e protestos em relação à indústria cinematográfica como por exemplo a #OscarsSoWhite (Oscar Muito Branco, em tradução), devido a pouca indicação de pessoas negras para as categorias da premiação e também quando foi descoberto que apenas 4 mulheres foram indicadas ao prêmio de Melhor Diretor, sendo Kathryn Bigelow foi a única vencedora, pelo longa Guerra ao Terror (2009). Desde então, a Academia tem incluído não somente mais negros e mulheres mas também pessoas de diversas nacionalidades como membros votantes, com a intenção de trazer uma maior diversidade à premiação mais famosa do mundo.
E essa preocupação tem se estendido aos filmes e agora estão criando filmes com protagonistas mais diversificados, como em Pantera Negra (2018), primeiro filme solo de um herói negro da Marvel, Mulher Maravilha (2017), primeiro filme solo da famosa heroína da DC e Moonlight (2016), no qual o protagonista é um rapaz negro e homossexual.
Segundo alguns estudos (do Sage Journals, que você encontra neste site aqui https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0093650211401376), a representatividade ainda pode ajudar na autoestima de jovens, que ao verem um protagonista “parecido” ou com uma jornada semelhante de vida, passam a ter uma imagem melhor deles mesmos.
Como é um assunto novo, os mais conservadores e tradicionais não aceitam o conceito com bons olhos, mas, na minha opinião, a história é feita de mudanças e é necessária a adaptação a uma nova geração, que quer se sentir justamente representada e que cobra posturas dos estúdios de seus filmes favoritos.
Convido todos a refletirem sobre o assunto.
Você se sente ou já se sentiu representado por algum personagem do cinema? Qual?
Espero que tenham gostado do post!
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